R$ 141 bilhões movimentados: por que o consórcio virou centro de decisões financeiras em 2025
- WorkAll Business

- 15 de jul.
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O setor de consórcios movimentou R$ 141,19 bilhões em créditos comercializados apenas no primeiro quadrimestre de 2025, representando um salto de 29,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse volume expressivo não é fruto de uma ação isolada, mas da consolidação de um comportamento de consumo mais estratégico e consciente.
A principal causa dessa aceleração é a atual política monetária do país. Com a Selic ainda em patamares elevados, o crédito tradicional se tornou oneroso. O financiamento de veículos ou imóveis, que já exigia entrada significativa, agora impõe parcelas com juros acima de dois dígitos. Nesse cenário, o consórcio passou a ser a única alternativa viável para adquirir bens sem se endividar de forma insustentável.
Mas há um fator ainda mais relevante em jogo: a transformação do consórcio em um ativo financeiro. Diferente da poupança, que rende pouco, e do crédito pessoal, que custa caro, o consórcio oferece uma forma de acumular patrimônio com baixo custo e liberdade de uso. A carta de crédito ganhou protagonismo. Ela pode ser usada para compra, quitação, construção ou negociação de bens à vista, o que torna o produto extremamente versátil.
Além disso, o avanço da digitalização permitiu que o consórcio se tornasse acessível, simples e rápido. A jornada do cliente foi encurtada. A análise de perfil, simulação de planos e adesão ao grupo agora são feitas com poucos cliques. Isso eliminou a complexidade que afastava muitas pessoas.
As administradoras também passaram a investir em educação financeira e posicionamento. O consumidor atual não aceita mais decisões por impulso. Ele compara, calcula e pesquisa. E quem entende disso, domina o jogo.




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