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Alta da Selic impulsiona migração de consumidores e empresas para o consórcio

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    WorkAll Business
  • 17 de out.
  • 2 min de leitura

Com a taxa básica de juros (Selic) flutuando acima dos dois dígitos desde 2022, a tomada de crédito no Brasil se tornou mais cara, especialmente para financiamento de imóveis e veículos. Esse cenário tem provocado uma migração silenciosa mas crescente para o consórcio.


“Temos observado um deslocamento de perfil. Famílias e empresários que antes buscavam financiamento, hoje estão mais abertos à ideia do consórcio por conta do custo efetivo total”, explica Renato Bragança, planejador financeiro e membro da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin).


Os números reforçam essa percepção. Segundo a ABAC, o volume de novas cotas de consórcio de imóveis cresceu 18,3% no primeiro semestre de 2025, enquanto o financiamento habitacional caiu 12% no mesmo período, segundo dados da Abecip. Em consórcios de veículos, o crescimento foi de 16%.


O que explica esse comportamento é a diferença estrutural entre os dois modelos. Enquanto o financiamento envolve juros compostos e custos adicionais, o consórcio opera com taxa de administração fixa e previsível.


“O brasileiro médio começa a perceber que financiar R$ 300 mil pode significar pagar R$ 600 mil em 30 anos. Já no consórcio, ele paga menos, ainda que tenha que esperar mais pela contemplação”, compara Bragança.


Para o setor empresarial, o consórcio também passou a ser uma ferramenta estratégica. A aquisição de veículos utilitários, máquinas e até imóveis comerciais via consórcio tem aumentado. Empresas buscam previsibilidade orçamentária e fogem da volatilidade dos financiamentos bancários.


“Empresários estão preferindo diluir o investimento em parcelas menores, sem juros, do que comprometer capital de giro ou abrir linhas de crédito mais caras”, afirma Luciana Vieira, diretora de crédito empresarial do Sebrae-SP.


O movimento reforça o papel do consórcio como ferramenta de planejamento financeiro em tempos de incerteza. E indica que sua adoção, antes ligada apenas ao perfil


conservador, agora faz parte do leque de decisões racionais inclusive entre investidores.


Fonte: ABAC, Banco Central, Abecip, ABEFIN

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